Custaram caro ao Botafogo, no clássico deste domingo contra o Flamengo, as invenções e magias do aprendiz de feiticeiro Caio Júnior, deixando claro que ele só tem em comum com o bruxo escocês Harry Potter a semelhança física.
Vinte e poucos minutos do primeiro tempo. Depois de ter um jogador expulso, até as longas rampas do Engenhão sabiam que o Flamengo ia se fechar atrás e tentar os contra-ataques. Em jogos assim, dispensa comentários a importância de se ter no time jogadores que sabem chutar, que arriscam de fora da área. Com essas características, só temos o Elckeson, que, aliás, vinha fazendo uma boa partida.
Entretanto, justamente ele é sacado no intervalo, para a perplexidade geral. Por que não saiu o Herrera, o Everton, ou até mesmo o Maicosuel, que ainda apura a melhor forma? Embora gritante, infelizmente, não foi esse o único experimento fracassado de magia do Caio Júnior no jogo. Ao improvisar Alessandro na lateral esquerda em substituição ao Cortês, que saiu contundido, o treinador abalou sua imagem de profissional estudioso, que usa e abusa da tecnologia.
Isso porque caso tivesse se dado ao trabalho de assistir os vídeos de algumas partidas da Era Joel, Caio saberia que o Lucas improvisado do lado esquerdo rende muito mais do que o “todo torto” Alessandro naquele setor. O pífio empate sem gols, portanto, pode e deve ser debitado na conta do técnico do Botafogo.
E na da diretoria também, é claro, por ser incapaz de perceber que o time precisa de atacantes, já que com ou sem Loco Abreu o ataque é fraco. Sei que é pedir demais que a dupla Anderson Barros/André Silva demonstre algum conhecimento de futebol, por mínimo que seja. Contudo, o treinador tem a obrigação de enxergar o óbvio : de nada adianta povoar o meio de campo com jogadores de qualidade ( os que já estão jogando, o Renato e, talvez, o Diego) se não tiver no ataque alguém capaz de empurrar a bola para dentro do gol
Moral da história : perdemos mais uma oportunidade de ouro de ganhar do Flamengo e vamos ter que aturar a ladainha de que não o vencemos em campeonatos brasileiros há 11 anos. Além da forte impressão de que se o jogo durasse 24 horas não seríamos capazes de marcar um mísero golzinho, mesmo com um jogador a mais durante grande parte do jogo, dou a mão a palmatória que temi pelo pior com os contra-ataques do Flamengo no fim do jogo, afinal, “cachorro mordido de cobra, tem medo até de lingüiça.”
Um lembrete : Cuca está desempregado.
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