Por José Garcia Lima, dirigente da CUT-RJ e do PT
Como então o tal do Daniel é defenestrado e tudo acaba bem? Parece que a Globo não entendeu o que se pretendeu discutir efetivamente. O papo não era se houve, ou não, estupro, mas o fato de que a emissora se acha no direito de botar aquilo no ar e ficar tudo por isso mesmo! Depois de dar merda, corta o Daniel! A conversa há de ser sobre se aquela porcaria de programa pode ser transmitida por uma e...missora que existe a partir de concessão pública.
Se vamos aguardar, agora, que um daqueles infelizes que participam do circo de horrores morra em coma alcoólico, ou afogado, ou por qualquer outro motivo. E quanto a sexo, que regras vão implantar? Porque proibir é que não vão, pois o programa tem isso como grande expectativa, não? Ou aquele bando de desnudos vai para lá objetivando tertúlias intelectuais?
E o UFC, quando um dos "lutadores" morrer no ringue, o Galvão Bueno vai gritar "Brasil, acabou"? Ou vai fazer um minuto de silêncio? É hora de se discutir, seriamente, o papel que uma rede como a Globo deve ter a partir do interesse da sociedade e não dos seus interesses comerciais.
A tal da lei dos meios de comunicação de que não querem sequer ouvir falar. E, no embalo, lembremos de como o império se constituiu em conluio com a ditadura militar - os memoráveis tempos do Festival Internacional da Canção, para o qual importaram, com recursos públicos, os equipamentos que possibilitaram a instalação da rede... Pois é...
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