quinta-feira, 26 de julho de 2012

"Quem é que vai pagar por isso?"

A indagação do roqueiro Lobão num dos seus hits de sucesso cai como uma luva no caso da ex-ministra da Casa Civil, Erenice Guerra. Massacrada pelo PIG na reta final do primeiro turno das eleições de 2010, a partir de "reporcagem" da Veja, na qual foi acusada de tráfico de influência, Erenice acaba de ser inocentada pela Justiça Federal, que, acatando parecer do Ministério Público, decidiu pelo arquivamento do inquérito devido a mais absoluta ausência de provas das acusações que lhe foram feitas. Com o rabo entre as pernas,o dispositivo miditárico de direita foi forçado a informar a decisão judicial. Só que daquele jeito velhaco que lhes é tão peculiar. Fora sites como G1 e UOL, que deram um destaque um pouco maior, os prinncipais veículos do  PIG dedicaram espaços irrisórios à notícia. William Bonner, por exemplo, gastou preciosos 10 segundos para fazer o registro no JN. Bem diferente, é óbvio, das edições inteiras feitas sob medida para enxovalhar a reputação da ex-ministra e atingir a então candidata Dilma, às vésperas das eleições presidenciais. E como fica o dano irreparável causado à imagem da cidadã Erenice Guerra ? Como não existe mais Lei de Imprensa no Brasil, ela que bata às portas do Poder Judiciário, entre na fila e espere por uma sentença daqui a muito anos. Faço votos, porém, que isso não a desanime e que vá às últimas consequências na Justiça contra a Veja e lixos jornalísticos do gênero.
Foto Roosewelt Pinheiro - Agência Brasil.

DEU NO G1

JUSTIÇA FEDERAL ARQUIVA INQUÉRITO
CONTRA EX-CHEFE DA CASA CIVIL

Erenice Guerra era suspeita de tráfico de influência no governo Lula.Juiz do caso acatou recomendação do MP para encerrar as investigações.  

Fabiano Costa, do G1, em Brasília

A Justiça Federal em Brasília acatou recomendação do Ministério Público Federal (MPF) e arquivou o inquérito que apurava suposto tráfico de influência na Casa Civil durante a gestão da ex-ministra Erenice Guerra. A decisão do juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal, foi decretada na última sexta-feira (20), um ano e nove meses após a abertura das investigações.
Braço-direito de Dilma Rousseff à época em que a presidente comandou a Casa Civil, Erenice Guerra sucedeu a petista na pasta às vésperas da campanha presidencial de 2010. À frente do principal ministério do governo, Erenice se tornou alvo de uma série de denúncias de suposto favorecimento de empresas em troca de propina. As suspeitas também atingiram servidores da Casa Civil e o filho da ex-ministra Israel Guerra, empresário do setor de consultorias.
Desgastada pelas denúncias, Erenice acabou deixando o cargo em 16 de setembro de 2010, em meio à disputa eleitoral. A ex-ministra, contudo, sempre negou as acusações contra ela. Na nota em que comunicou seu afastamento da Casa Civil, ela afirmou que deixava o cargo para ter "paz e tempo" para se defender e colocou à disposição seus sigilos telefônico, bancário e fiscal.

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