terça-feira, 16 de abril de 2013

"Não comerei até que devolvam minha dignidade", diz preso de Guantánamo

Agência Efe, publicado no Opera Mundi

O fim de semana foi marcado por violência e apreensão frente à greve de fome adotada por um grupo de detentos na prisão norte-americana de Guantánamo, em Cuba.
Os abusos policiais somados às más condições sociais em que vivem os presos resultaram em um confronto no último sábado (15/04). Segundo informações do Pentágono, militares norte-americanos dispararam armas de efeito moral contras os prisioneiros


Norte-americanos protestam contra Guantánamo em NY
O objetivo da ação policial era isolar do convívio comum os que se encontravam em greve de fome, para colocá-los em celas solitárias. A medida, e também a forma agressiva como os militares abordaram os detentos, já fragilizados pela fome, causaram repúdio entre os demais detentos, que partiram para o confronto com os norte-americanos.

A edição desta segunda-feira (15) do jornal The New York Times desta segunda-feira (15/04) publicou um relato dramático de um dos detentos.

“Estou em greve de fome desde o dia 10 de fevereiro e perdi cerca de 15 quilos. Não vou comer até que devolvam minha dignidade. Estou em Guantánamo por 11 anos e três meses e nunca fui julgado ou acusado por nenhum crime. Disseram que eu era um guarda de Osama bin Laden. E apenas isso”, afirma um detento de 35 anos que foi preso no Afeganistão por suspeita ligação com os ataques de 11 de setembro.
 

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