terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Nas ruas, contra os sabotadores da Copa do Mundo

Ontem à noite, ao voltar para casa ouvindo a resenha esportiva "Quatro em campo", da rádio CBN, caiu definitivamente a ficha : existe um movimento orquestrado para sabotar a Copa do Mundo no Brasil, conforme já denunciara o Eduardo Guimarães, do Blog da Cidadania, e o jornalista Gabriel Priolli  (insuspeito por já ter sido inclusive editor do Jornal Nacional), em seu blog. No programa de rádio citado acima, os jornalistas esportivos da emissora gastaram um longo bloco do programa desancando a realização da Copa no Brasil, sempre com aquele jeito mandrake de ser do PIG : lente de aumento sobre os problemas e as mazelas e visão míope sobre os aspectos positivos da organização do evento.

Durante os pelos menos quinze minutos de duração da malhação, nenhuma palavra sobre a procura recorde por ingressos para os jogos da Copa, partindo do mundo inteiro e superando de longe todas as edições anteriores do torneio, o que  revela uma inequívoca confiança das pessoas na capacidade brasileira de organizar um grande evento, como disse a presidenta Dilma em seu twitter. Silêncio também sobre o retorno financeiro que a Copa trará para o Brasil, estimado, por baixo, em R$ 140 bilhões, valor que deixa na poeira os gastos públicos e privados com a realização do evento.

Vale registrar a notícia que deu origem ao espancamento da Copa no programa da "rádio que troca notícia" : o governo de Mato Grosso informara que um projeto importante de mobilidade urbana que se encontra na matriz de prioridades do governo brasileiro para a Copa do Mundo, o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), só será concluído depois da Copa.Atenção para um detalhe : o projeto do VLT de Mato Grosso não foi deixado de lado, conforme sugeria a "indignação cívica" dos profissionais da CBN. O término das obras é que foi adiado.

 É claro que a população local só teria a ganhar se o VLT fosse entregue no prazo. É evidente também que todo atraso deve ser lamentado. Mas tratar o atraso como uma "calamidade" e uma "vergonha", como fizeram os repórteres, é coisa de quem já vai para o ar com a chamada "matéria-tese" pronta. Ou seja, o que vale é esculhambar a Copa do Mundo e atacar o governo brasileiro.Dane-se a realidade. Nas emissoras dos Marinho até o pessoal do esporte faz política.

No afã de puxar o saco dos patrões, chama a atenção também o despreparo dos jornalistas que apresentam o tal "Quatro em campo", no que se refere à organização da Copa. Os caras não têm a menor noção de planilha de investimentos, o que é gasto ou investimento público, o que é gasto ou investimento privado, o que é expectativa de retorno, tampouco da importância capital do sucesso da Copa para a imagem atual e futura do Brasil no exterior.

Sobre o legado para a população, revelam ignorância ainda maior. Legado para eles é só o equipamento urbano e público que estiver pronto no dia do pontapé inicial do jogo de abertura da Copa. Tudo que for inaugurado depois entra para o rol das "vergonhas nacionais". Duvido que o povo sofrido que pena horas a fio para ir e voltar do trabalho nas metrópoles brasileiras tenha a mesma visão.

O fato é que tanto o  PIG como os políticos e partidos derrotados de sempre já dão a senha : a bala de prata para tentar impedir a reeleição da presidenta Dilma é  melar a Copa do Mundo, incentivado megamanifestações de rua. O objetivo final é destruir a imagem do Brasil no exterior e abrir caminho para um salvador neoliberal da pátria. Na certa, não lhes negarão apoio, na base do quanto pior, melhor,  malucos e celerados tipo black bloc e assemelhados.. Também a extrema-esquerda, movida pelo seu conhecido déficit de responsabilidade, esfrega as mãos para surfar nesta onda.

Pelo visto, 2014 promete ser um ano daqueles. Além de enfrentarmos toda a baixaria do mundo, que certamente será usada pelo PIG e pela oposição contra o PT e a presidenta Dilma na campanha eleitoral , antes, provavelmente, será preciso irmos às ruas para garantir o sucesso da realização da Copa do Mundo no Brasil. Estou convencido que o povo do país do futebol será sensível aos nossos apelos. Afinal, ele ama o futebol como nenhum outro povo do planeta e rejeita sabotadores e oportunistas.




Um comentário:

  1. Concordo com alguns argumentos do Bepe, inclusive o incentivo desse tipo de evento a alguns setores da economia e que há investimento privado nesses eventos, em alguns casos até mais do que a das três esferas de governo. No entanto, devo lembrar que o citado programa Quatro em campo analisa criticamente a Copa 2014 como analisou o Pan 2007, que teve muitos gastos públicos e deixou pouco legado para a cidade do Rio de Janeiro, tudo isso lembrado pela equipe do programa. E ainda teve o caso do Engenhão, também lembrado pelo programa, construído para o Pan 2007 e que apresentou problemas na construção da cobertura que obrigaram uma interdição do estádio por motivos de segurança e uma obra de reforma já iniciada. Mas aqui o nobre Bepe deve concordar com a equipe do programa da CBN, porque as críticas recaem apenas sobre o prefeito da época: Cesar Maia, que é do DEM, não um cumpanhêro como os atuais governantes das três esferas. Essas análises sobre esses eventos deveriam se ater a fatos e dados concretos. Não somos obrigados a apoiar governantes de qualquer lugar ou esfera que seja, sejam do presente ou do passado, mas devemos poupar o país e defender sua população e o correto uso dos recursos públicos. Governos vem e vão. O país fica.

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