quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Palanque de Aécio e FHC está condenado ao desabamento

A estratégia de Aécio, FHC, Aloisio Nunes Ferreira, Carlos Sampaio e derivados é clara : apostar no clima de beligerância contra o governo da presidenta Dilma e contra o PT como se a campanha eleitoral não tivesse acabado.

Agem assim porque se sentem capazes de manter o governo nas cordas até que, quem sabe, ganhe força o movimento de descerebrados que prega o golpe militar e o impeachment de Dilma. Oficialmente os cardeais do PSDB tentam guardar distância desses dementes, mas quem acredita 100% nisso deve acreditar também que o sargento Garcia um dia prenderá o Zorro.

O problema é que nem todos os tucanos parecem dispostos a embarcar nessa nau dos desatinados. Alegando responsabilidades políticas e administrativas inerentes ao cargo de governador para o qual se reelegeram, Geraldo Alckmin, de São Paulo, e Marconi Perillo, de Goiás, já dão sinais de que seguirão outra linha de conduta em relação à oposição ao governo federal.

Seja pelo desespero diante da iminência da falta d'água total em São Paulo (que o fez deixar a soberba de lado e pedir socorro à Dilma), seja pela necessidade de, desde já, demarcar campo com Aécio, na disputa pela indicação tucana para as eleições presidenciais de 2018, Alckmin vem se negando o ocupar um vaga no palanque pós-eleitoral do PSDB.

Palanque que logo vai se revelar mais um grave erro de avaliação da oposição derrotada nas urnas. Primeiro porque vai faltar plateia. As pessoas têm mais o que fazer e já viraram a página das eleições. Depois porque ao questionar a lisura das eleições o PSDB, além de colar  na própria testa a marca de mau perdedor, sai desse pleito como um partido para quem a justiça eleitoral só é uma instituição respeitável quando se ganha eleição. Coisa feia !

Outros obstáculos ao terceiro turno almejado pelos tucanos são a aproximação das festas de fim de ano e do recesso parlamentar.

De toda maneira, como seguro morreu de velho, não custa manter olhos bem abertos para a  movimentação golpista  protagonizada pelos "carniceiros" da direita, liderados por figuras patéticas como Lobão e Olavo de Carvalho. A propósito, vale a leitura de artigo do brilhante jornalista Breno Altman que publiquei aqui no meu blog.

É preciso ter "um olho no peixe, outro no gato." PT, PCdoB, movimentos sociais e a juventude que voltou às ruas em defesa de Dilma e para livrar o país do retrocesso tucano devem pressionar por um ministério comprometido com as causas que empolgaram a militância durante a campanha vitoriosa de Dilma e por um governo voltado para o aprofundamento das mudanças.

Contudo, diante do menor indício de avanço da tentativa de se quebrar o ordem constitucional, as ruas devem ser ocupadas imediatamente. Afinal, elas pertencem ao povo brasileiro e sempre foram palco das mobilizações e lutas democráticas deste país.

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