segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

O desastre do estrategista de comunicação do Planalto

Por Luis Nassif, no GGN


Ontem o Palácio do Planalto reagiu à pesquisa Datafolha, revelando uma queda inédita na popularidade de Dilma Rousseff.
Era esperada uma queda pós-eleições independentemente do desempenho inicial do governo, O tamanho da queda registrada, no entanto, é fruto direto dos estrategistas de comunicação do Planalto. Permitiram que o anúncio de medidas fiscais fosse entendido como traição ao discurso de campanha. Não planejaram um contraponto de agenda positiva sequer para amenizar o saco de maldades. Liberaram discursos dúbios sobre ajuste fiscal rigoroso e crescimento. Não cuidaram de aproveitar o anúncio do novo Ministério para criar uma expectativa de mudança.
A questão central é que os estrategistas de comunicação do Palácio são indemissíveis. Na verdade, são um: Dilma Rousseff.
Na campanha eleitoral, havia um triunvirato: João Santana, Franklin Martins e Thomas Traumann. E um conselheiro maior: Lula.
O marqueteiro Santana só foi recebido uma vez este ano. Lula, nem isso. Desde o final da campanha, Franklin não foi mais procurado. E Trauman está demissionário desde novembro, aguardando a nomeação de um sucessor que nunca vem.
Ou seja, todas as estratégias de comunicação anunciadas hoje nos jornais - e atribuídas a fontes do Palácio - não passam de palavras ao vento. É de algum assessor dedicado que anunciou em off o que poderia ser feito, se o governo tivesse de fato uma estratégia de comunicação.

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