quinta-feira, 19 de março de 2015

Carta aberta aos trabalhadores (as) da Petrobrás Distribuidora

Por Lígia Deslandes, presidenta do Sitramico ( Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Minérios e Derivados de Petróleo do Estado do Rio de Janeiro

Estamos navegando num mar de incertezas geradas pela onda de especulações em torno da Petrobras 
Uma grande campanha midiática ganhou corpo e uma intrincada rede de denúncias surgiu com os devidos cortejos da grande mídia, mesmo sem comprovação. Como estratégia para ludibriar grande parte da população, os conglomerados de comunicação colocam num mesmo pacote denúncias de corrupção e resultados do mercado.

Seguindo essa corrente, o jornal Folha de São Paulo publicou na manhã desta terça-feira, 17, uma matéria sobre a venda de parte da área de distribuição e termelétricas  da Petrobras. Esta mesma notícia já havia sido divulgada na última quinta-feira pelo jornal Estado de São Paulo num tom completamente especulativo, já que a matéria se limitava a relatar a venda sem especificar fontes e detalhes da transação. A Folha, por sua vez,  deu mais detalhes da venda, mas sem dizer de onde saíram tais dados, já que no fim da redação deixa claro que “A direção da Petrobras informou que não comenta assuntos estratégicos”.

Enquanto Presidente do SITRAMICO-RJ, Sindicato que é responsável pelos trabalhadores da BR, me coloco contra a disseminação de informações especulativas em torno da segunda empresa mais lucrativa do país, que obteve quase 37% do mercado nacional de distribuição de derivados de petróleo em 2013.

Os trabalhadores e trabalhadoras da empresa não podem ser expostos a informações não confirmadas, voltadas, a nosso ver, ao desmantelamento do sistema Petrobras. São quase duas mil famílias só no Rio de Janeiro que vivem diretamente à mercê desses ataques. No Brasil são cerca de 4.500 trabalhadores e suas famílias, isso sem falar sobre o restante do Sistema que também sofrerá as consequências da tratativa irresponsável dos grandes barões da mídia. Estão jogando com cerca de 80 mil empregados diretos, fora aqueles contratados indiretamente.

Frente a tudo que foi exposto, a questão que fica é: Quem, de fato, irá ganhar com a venda de ativos da Petrobras Distribuidora?

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