domingo, 29 de maio de 2011

Uma questão de índole

Quer dizer então que o presidente mais amado da história do país, que deixou o governo com quase 90% de aprovação, e que se transformou num líder respeitado no mundo todo,  não pode reunir a bancada de senadores do seu partido, muito menos se encontrar com as lideranças da base do governo, sem que estas ações políticas sejam tachadas de "intervenção branca" pela velha mídia ?

Como era de se esperar, durou pouco o surto de moderação da mídia em relação ao governo. Não dá para não lembrar daquela fábula do sapo e do escorpião, segundo a qual depois de ter jurado de pés juntos  que não picaria o sapo durante a travessia do rio, o escorpião saiu-se com esta assim que cravou o ferrão na sua vítima : "Desculpe, mas é a a minha índole."

Pois não tenhamos ilusões : mesmo sabendo da sintonia entre a presidenta  Dilma e Lula, cujos encontros são cada vez  mais frequentes, e que ela jamais abrirá mão da sabedoria e da experiência política e administrativa do seu antecessor, a mídia vai insistir até os 47 minutos do segundo tenpo na tese da íntriga entre os dois, buscando sempre passar a imagem de uma presidenta frágil que vira e mexe é atropleda pelo seu ex, que é quem dá a palavra final em momentos de dificuldades.

Pudera. O fantasma que tira o sono do PIG é a perspectiva de o PT e aliados permanecerem no poder por muitos e muitos anos. Este pesadelo se torna ainda mais apovorante diante de uma oposição que se esfarela a cada dia, sem projetos e sem rumo. Quem já disse em passado recente que " a oposição somos nós"( frase lapidar de Judith Brito, presidenta da Associação Nacional dos Jornais ) não se sentirá, nem de leve, constrangida em continuar à frente das combalidas tropas oposicionistas. Afinal, ficaram pelo caminho preocupações com conteúdo jornalístico, conmpromisso ético e informação não contaminada pela partidarização.

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