Privataria : documentos são o batom na cueca da tucanada

Até agora nenhuma surpresa no front. Os tucanos e seus partidários da ditadura midiática pegos com a calça na mão tentam desqualificar um jornalista premiado e respeitado; Globo, Folha, Veja e Estadão sentam em cima do livro de Amaury, mas a Privataria Tucana vira fenômeno de vendas e o muro do silêncio dos indecentes é dinamitado pela força da internet. Respostas histéricas e desesperadas dadas até agora por tucanos de alta plumagem se revelam inúteis diante de um fato insofismável, verdadeiro batom na cueca dos que enriqueceram roubando dinheiro das empresas públicas privatizadas a preço de banana : os 134 documentos exibidos no livro provam uma a uma todas as acusações.

É estarrecedor. Quem leu ou está lendo o livro de Amaury Ribeiro Júnior sabe do que eu estou falando. O cuidado, o esmero, o incansável trabalho de pesquisa do autor, aliado a seu enorme talento de repórter investigativo, não deixam pedra sobre pedra no ninho tucano.

E não se trata de mais um capítulo na história  do denuncismo à brasileira protagonizada pelo dueto jornalismo de esgoto/oposição, e sim de uma obra de um profissional sem vínculo partidário e interessado apenas em jogar luz sobre as tenebroas transações que transferiram parte considerável do patrimônio público para mãos privadas com preços muito abaixo dos de mercado, aceitando as famigeradas moedas podres e contemplando com generosos empréstimos do BNDES os compradores. Isso mesmo : trata-se de algo  bizarro como um cidadão  interessado em vender sua casa emprestar dinheiro ao comprador.

Para se ter uma ideia do "patriotismo" dos que comandaram esse processo, as gigantescas reservas de minério de ferro da Vale, que dariam para suprir a demanda de todo o planeta por anos a fio, tiveram avaliação zero por parte dos corsários tucanos. Ao invés de chamar o livro de lixo, por que será que o Serra, sua filha, seu genro, o Ricardo Sérgio e o Preciado não vêm a público rebater os documentos mostrados por Amaury Ribeiro Júnior ? Teriam eles coragem e cara de pau de dizer que os documentos são falsos ? Aliás, todos eles são públicos, obtidos em cartórios, tribunais, juntas comerciais, etc.

Aposto que vão continuar na linha de tentar desconstruir a imagem do autor, batendo na tecla do indiciamento do Amaury na campanha eleitoral do ano passado sob suspeita de participar da elaboração de dossiês. Ou seja, o velho mantra tucano de acusar a todos daquilo em que eles são craques insuperáveis : a montagem de dossiês contra adversários, conforme o livro também mostra com riqueza de detalhes.

Pano rápido : nesta terça-feira, o deputado Protógenes Queiróz apresenta seu pedido de CPI da Privataria com quase 200 assinaturas. Os corsários que se cuidem.