segunda-feira, 30 de abril de 2012

Mensalão : arma mais poderosa contra a farsa, a mentira e a ficção são os fatos

Por Movimento Universitário em Defesa do Estado de Direito

Em junho de 2005.o então deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) acusou o PT de "pagar mesada" a mais de 100 deputados da base aliada para que estes votassem a favor do governo no Congresso Nacional. Segundo ele, a "compra de votos" era feita com dinheiro público. Jefferson batizou  o suposto esquema de "mensalão" e disse que o "cabeça" era o então ministro chefe da  Casa Civil, José Dirceu. As denúncias de Jefferson jamais foram comprovadas. Nem ele, nem as três CPIs que trataram do assunto, nem o Ministério Público, nem a Polícia Federal, nem as dezenas de investigações paralelas da imprensa e dos ógãos de fiscalização conseguiram reunir elementos que sustentassem as acusações. Apesar disso, os adversários do PT (Folha, Veja, Demóstenes e cia.) mantiveram a farsa. E há sete anos repetem diariamente a seus leitores e eleitores que o "mensalão" existiu, que o PT é uma "organização criminosa", que o governo Lula foi o "mais corrupto da história" e que José Dirceu era o "chefe da quadrilha." Contra a farsa, a mentira e ficção, nossa arma mais poderosa são os fatos. Vamos a eles.
1) O PT pagou mesada a parlamentares da base aliada

Os fatos : O PT ajudou partidos aliados a quitar dívidas de campanha nos estados relativas às eleições de 2002 e 2004. Em alguns casos, conforme assumido publicamente em entrevistas e depoimentos, a ajuda não foi declarada à Justiça Eleitoral. Nunca houve pagamentos mensais.

2) O dinheiro era para comprar votos de deputados na Câmara dos Deputados

Os fatos : Nem Roberto Jefferson, nem as investigações posteriores, nem a denúncia do Ministério Público no STF conseguiram estabelecer ligações entre as datas dos depósitos bancários e as votações na Câmara. Pelo contrário, existem datas em que os saques coincidem com derrotas do governo em votações importantes.

3) Houve desvio de dinheiro público

Os fatos : As transferências para que aliados quitassem dívidas de campanha, que a mídia chama de "mensalão", não envolveram dinheiro público. O dinheiro veio de empréstimos feitos junto aos bancos privados Rural e BMG. Por absoluta inconsistência, a acusação de desvio de dinheiro público contra os principais nomes do processo, entre eles, José Dirceu, já foi derrubada pelo STF.


4) Para "bancar o esquema", o BMG recebeu benefícios do governo federal

Os fatos : Todas as instituições de fiscalização e controle, entre eles o TCU (Tribunal de Contas da União), atestam que não houve qualquer favorecimento ao BMG.

5) O mensalão foi o "maior esquema de corrupção da história do Brasil"

Os fatos : Não houve mensalão e não houve esquema de corrupção. Se houvesse, estaria longe de ser o maior da história. O livro " A Privataria Tucana", lançado no final do ano passado, fala em falcatruas de bilhões de dólares ocorridas durante as privatizações do governo FHC. O livro está fartamente documentado e virou best-seller, apesar de a mídia e seus articulistas fazerem de conta que ele não existe.

6) O governo Lula fez "vistas grossas" à corrupção

Os fatos : Nunca se combateu tanto a corrupção quanto nos governos Lula e Dilma. Somente no governo Lula, a Polícia Federal fez mais de mil operações, com 14 mil presos, sendo 1.700 servidores públicos - além de muita gente graúda, como empresários, juízes, policiais e políticos, inclusive do PT. Em contrapartida, nos anos FHC, a PF fez apenas 28 operações.

7) José Dirceu era "chefe da quadrilha do mensalão"

Os fatos : Há uma denúncia neste sentido, que é o centro do processo que será julgado em breve pelo STF. Porém, será preciso primeiro provar que houve "mensalão". Sem isso, não existe quadrilha nem "chefe de quadrilha." Além disso, José Dirceu teve todos os seus sigilos quebrados ( fiscal, telefônico e bancário) e não se descobriu qualquer conduta irregular nessas ou em qualquer outra investigação.

8) Dirceu era o "todo-poderoso" do PT e do governo Lula

Os fatos : José Dirceu é um quadro político muito importante para o PT e teve papel de destaque no governo federal. Ele era presidente do PT em 2002, qaundo coordenou a campanha vitoriosa de Lula. Depois, afastou-se da direção do PT e assumiu a Casa Civil - um posto de destaque em qualquer governo. Mas José Dirceu não "mandava" no PT e menos ainda no governo. O Brasil é uma democracia com instituições consolidadas, partidos organizados, poderes independentes e imprensa livre. Quem manda são os limites da lei, as construções políticas e a vontade soberana do povo.


9) Se o STF aceitou a denúncia contra os "mensaleiros" é porque as acusações são consistentes

Os fatos : Com forte pressão da mídia sobre a opinião pública, o STF decidiu receber a denúncia e abrir o processo. Mas isso não significa condenação ou pré-condenação. A abertura do processo serve para que as investigações sejam aprofundadas e para que os acusados possam se defender. . Nessa fase, foram ouvidas mais de 600 testemunhas. Nenhuma - NENHUMA- confirmou a existência do "mensalão".


10) O PT quer usar a CPI para "abafar" o julgamento do mensalão

Os fatos : Investigações da Polícia Federal mostram que a quadrilha de Carlos Cachoeira aliou-se a veículos de imprensa - principalmente a revista Veja - para produzir denúncias contra o governo do PT e favorecer os interesses do bicheiro. Isso pode vir à tona na CPI, O PT não quer abafar nada. O PT e a sociedade brasileira querem a verdade que a impresna passou sete anos escondendo.


11) A imprensa não faz nada além de noticiar, investigar e zelar pela ética na política


Os fatos : A grande imprensa no Brasil tomou partido.Quando se trata do PT e seus aliados, ela não só investiga e noticia, como julga e também condena - independentemente dos fatos. Nas duas últimas eleições presidenciais, essa imprensa trabalhou ativamente para eleger os candidatos da oposição - produzindo farsas como o famoso ataque da bolinha de papel. Agora tenta manipular a opinião pública e pressionar o STF para ver "comprovada"  a tese do mensalão, da qual ela se tornou a principal porta-voz.




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